Anteriormente em Pieces Of The Puzzle: Amanda e Matt dormiram no colégio, pois ela foi atingida por um raio, ele a trouxe para dentro do colégio, mas quando viram o colégio havia fechado. Os dançaram junto pelo palco do auditório e dormiram no mesmo único colchão que havia lá, pois a noite estava muito fria. Quando os dois acordaram, ouviram passos, mas foi tarde demais para sair. Era a diretora do colégio, que como punição mandou os dois limparem o auditório. Matt e Amanda foram pegar os materiais de limpeza e foram fazer o trabalho. Matthew iria varrer o chão enquanto Amanda iria pegar água no balde. Ela foi por um corredor escuro procurar água, foi andando e vendo as coisas que aconteciam naquele corredor, até que um cara começou a segui-la e correr atrás dela, até que ele a agarrou. Mas surgiu alguém para ajudar, esse alguém era um vulto que passava e voltava por eles dizendo ao cara para soltar Amanda. Até que o vulto parou na frente deles e finalmente revelou quem ele era.

O vulto... o vulto era
um garoto. Um garoto normal! Ele estava usando a touca do moletom azul escuro que ele vestia, por isso não dava para ver muito bem o rosto dele, ainda mais com luz fraca. O moletom tinha umas letras na frete que devia ser o nome da marca, era sem zíper e tinha um bolso na frente onde cabiam as duas mãos. Dirigindo-se ao garoto que me agarrou aquela hora, continuou:

-Ela é sua namorada? Irmã? Parente?
-Err... Não - Falou o agressor, constrangido.
-Nem se fosse poderia agarrá-la daquele jeito - Falou e o outro garoto provavelmente estava com medo do que poderia acontecer, mas o vulto apenas falou  - Vá.
-Oque? - O agressor perguntou.
-Vá! Agora!

Como uma formiguinha, o garoto que me agarrou foi saindo cada vez mais rápido, até deixar eu e o vulto completamente sozinhos. Então o garoto olhou para mim e finalmente tirou a touca, revelando o misterioso rosto que eu queria tanto ver. Tinha cabelos escuros e olhos bem azuis. Nada fora do normal. Sei lá, esperava que ele fosse um monstro, que eu ia morrer de susto quando visse o rosto dele, mas... não.

-Obrigada - sorri.
-Não fiz mais que a minha obrigação - Ele sorriu de volta para depois perguntar - E oque uma ruiva linda está fazendo num corredor assim e... com um balde?
-Ah sim - olhei para o balde em minha mão - vim buscar água para lavar o auditório. Ahh, e você também não está nada mal - brinquei e ele riu.
-Lavar o auditório? Foi punição né? - Ele debochou.
-Sim, foi. Passei a noite lá.
-Você dormiu lá? - Ele arregalou os olhos.
-Sim! É uma longa história, eu fui atingida por um raio e tal.
-Um raio?! Você é louca?
-Isso. E... - Olhei para o balde - Você sabe onde tem uma torneira? - Ele me olhou como se eu tivesse algum problema, pois eu não parava de falar coisas que, todas juntas, eram sem sentido.
-Err... No banheiro no final do corredor.
-Ai, obrigada pela água e pelo... ahh obrigada - Falei rápido para depois sair correndo em direção ao lugar no final do corredor onde tivesse água.

Matthew devia estar fazendo tudo sozinho. Eu tinha que correr. Cheguei no final do corredor, abri a porta do banheiro que devia estar sem uso à um bom tempo e logo de cara já vi a pia, Ergui o balde, abri a torneira e o enchi de água. O balde estava pesado, fui correndo mais devagar, mas do mesmo jeito a cada passo eu derrubava água.

Cheguei no auditório e Matt estava em uma das últimas fileiras de cadeira varrendo. Demorei, mas cheguei a tempo. Matthew me viu.

-Oi - ele falou surpreso.
-Oi - falei, parecendo exausta. Ele deixou a vassoura cair e foi vindo até mim em passos rápidos.
-Amanda, oque houve? Demorou tanto...
-Bem, eu estava procurando água, aí... - Falei e começamos a chegar mais perto do palco enquanto falávamos até sentarmos no degrau do palco - ...daí a menina olhou pra mim com uma cara de... - E fui continuando a longa história e Matt vidrado em mim - ...um vulto! E ele ficava indo e vindo até que... - E ficamos ali conversando por um tempo - ...daí eu achei água e vim.
-Meu Deus! Bem, eu varri e acho que está bom.
-Eu também acho. Acho que nem vamos precisar do esfregão e da água.
-Mas você...
-Eu sei, mas pelo menos eu tenho uma história para contar - Sorri.
-É - ele sorriu - Vamos jogar essa água fora, devolver as coisas de limpeza e vamos para as outras aulas.





Atravessamos o corredor (dessa vez o normal, chega de corredores negros) colocamos as coisas no quartinho da limpeza e seguimos para os nossos armários.

-Não vai querer que eu abra dessa vez? - Debochou Matthew.
-Que engraçado - Revirei os olhos.

Abri meu armário, peguei todos os livros que eu precisava e decidi levá-los na mão, pois a mochila já estava cheia. Minhas mãos estavam ocupadas, então fechei o armário com uma cotovelada. A pilha de livros em minhas mãos chegava até o meu queixo.

-Já ouviu falar em "duas viagens"? - Matthew perguntou com sarcasmo.
-Não, que isso? - Respondi no tom.





Minha próxima aula seria de história. Fui procurando a minha sala pensando "história, história, história..." até achá-la. Achei. Faltavam cinco minutos para todo mundo trocar de sala. Como faltava tempo e eu vi um bebedouro ali perto, fui tomar água. O sinal tocou. Veio uma grande multidão que ocultava a minha vista para a minha sala. Quando toda a multidão passou, a grande maioria já tinha entrado em suas sala, tinha apenas alguns que estavam entrando, então eu aproveitei para entrar.

-Ahh, olá, Senhorita Pettit. Bem a tempo - Disse o professor de história, que estava deixando os papeis alinhados.

Ele usava óculos e a parte de cima da cabeça dele era careca. Estava vestindo um jaleco branco que do lado direito em cima do  bolso estava escrito "Professor L. Becker". Ele parecia simpático, mas com certeza melhor que a Sra. Manfrini.  Fui até a mesa do professor assinar meu nome na lista de presença. Coloquei a minha pilha de livros sobre uma carteira vazia ali na frente e escrevi meu nome completo e o Sr. Becker me mandou sentar:

-Obrigado. Sente-se... - Ele leu meu nome na lista - Amanda.

Peguei meus livros e fui procurar um lugar na sala, mas agora eu felizmente teria mais de uma opção de carteira, já que nem todo mundo havia chegado. Peguei qualquer carteira e me sentei. Comecei a tirar o resto do material da minha mochila e coloquei os livros que eu não iria usar naquela hora dentro dela. Agora só era esperar pelos outros alunos pra começar a aula, então me encostei na cadeira e fiquei ali. Resolvi olhar para a porta para ver os alunos que estavam chegando, até que eu vi alguém chegando de costas, devia estar com alguém que estava atrás dele. Era um menino. Olhei para ele, apertei os olhos, eu reconhecia aquelas roupas. Então ele se virou: